quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Horas

Descansa, poetisa, que teus versos são tuas horas
Vê, tua poesia é o teu tempo
Não crê que alguma outra voz te chama
Que não a que tu mesma cria.
Não assusta teu rosto com ponteiros
Rijos, pesados, marcados de tédio
Que eles quebram fácil com o vento
Que em teus cabelos passa e tu esquece.

Laís de Oliveira
















imagem: Reloj blando en el momento de su primera explosion - Salvador Dalí



"Every year is getting shorter, never seem to find the time
Plans that either come to naught or half a page of scribbled lines"
Time - Pink Floyd

2 comentários:

Anônimo disse...

"Ainda que os anos de tua vida sejam três mil ou dez vezes três mil, lembra-te de que ninguém perde outra vida senão a que vive agora, nem vive outra senão a que perde. O prazo mais longo e o mais breve são, portanto, iguais. O presente é de todos; morrer é perder o presente, que é um lapso brevíssimo. Ninguém perde o passado nem o futuro, pois a ninguém podem tirar o que não tem." (Marco Aurélio, Reflexões, 14).

"Aeternitas est merum hodie, est immediata et lucida fruitio rerum infinitarum"* (Hans Lessen Martensen)

*"A eternidade é um mero hoje, é o fruir imediato e lúcido das coisas infinitas"

Anônimo disse...

Quem descrê do tempo dá créditos aquele galo velho. Os cabelos não ficam mais longos, nossas mentes é que ficam menores.