É sempre assim; ano novo, promessas no reveillon, férias intermináveis, madrugadas na internet, tardes tediosas, domingão do faustão. A diferença é que antes sempre havia algo a se esperar, esperar por sorrir, chorar. Agora não. O ano começou sem planos, sem reservas, sem champagne. O que antes me matava por dentro, agora é apenas um ruído constante, que incomoda, mas que não rasga, não sangra. Apenas sufoca.
E eu gosto do que me põe no chão.
"I'm a hazard to myself
Don't let me get me
I'm my own worst enemy
It's bad when you annoy yourself"
(Pink)
Por B.G.