Uma música me fez querer um filho.
Só por deixar pesar nos braços e deixar pesar o sono nos olhinhos, daquele peso de um dia cheio de novidades cheias de cores.
Pela delícia de cantar uma canção de ninar.
E tão sutil a vontade, qual ela fosse meu próprio filho adormecendo. Tão pura que, como suavizasse a voz para cantar, eu tentasse escrever suave para não assustá-la.
De medo de estragar um querer repentino e bonito, quase infantil. Quase meu filho.
Laís de Oliveira
"Linda, cuando vos quieras,
dejo este amor donde lo encontré.
En tren con destino errado
Se va más lento que andando a pié... "
Detalhe de "As Três Idades da Mulher", de Klimt.
Um comentário:
"nothing which we are to perceive in this world equals the power of your intense fragility".
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