sábado, 17 de novembro de 2007

Sem título.

Procuro por olhares que me dêem respostas, mas, quando os encontro, são olhares perdidos, não correspondidos. Olhares que não condizem com as ações, que não trazem nada além de mais dúvidas, mais contradições, lembranças que deveriam ser esquecidas. Olhares que não querem ser encontrados, talvez por medo de serem revelados. Olhares que me mostram uma pessoa que eu não conheço, não mais.
Mas então, no dia seguinte, com a garrafa de água na mão, percebo que o que eu quero não são respostas. O que eu busco são mentiras verdadeiras, revelações que me interessem, algo para preencher esse vazio que me desespera, me corrói. Não quero respostas. A verdade está clara, sempre esteve. E eu não a quero.

Sofro na incerteza, no silêncio do que nunca vem, nunca toca. E não muda.


“And it makes me think there must be something wrong with me
Out of all the hours thinking
Somehow I've lost my mind
But I'm not crazy, I'm just a little unwell”
(Matchbox 20)
Por B.G.

2 comentários:

Anônimo disse...

é...
Eu vivo na incerteza do acaso e e sofre pelo descaso!
tem como não, amiga...
é macumba!


vam bebe!

sam disse...

se tudo fosse premeditado e já soubesse como fazer, nada seria interessante e gostoso.

(...)

se criam as mentiras pra suprir tudo aquilo não fizemos, as vezes por falta de coragem, e nos darmos aqla recordação de como nos achamos que deveria ter sido. Tudo ilustrado em sépia, no mesmo tom, imbuido em nossas covardes derrotas.

ou algo assim...