quinta-feira, 4 de junho de 2009
Subliminar
Inquietante
Impulso
Os dedos querem
Escreva! - pedem -
Eu censuro, tensa
Na rigidez contrária ao que se pensa
Recuso as letras de um rabisco vago
Rabisco teu
Sem previsão, sem crença
Nem contas, nem raciocínio
Sem lógica
Leve como um já saber repentino
Tal qual o fosse sempre
Como o trago
Natural
Claro que seja escrito
- se o censuro - incessante
Disfarça
Rima-se como o penso
- endosso a farsa - Eu
Te escrevo sem notar
E não apago.
Laís de Oliveira
3 de Junho de 2009
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