Ontem Lais me cobrou escritos, eu fiquei sem respostas.
Saí pelo centro hoje, buscando inspiração: pela Rua Carijós e seus predinhos ocupados por oticas e relojoeiros;pela Galeria do Ouvidor, e todas suas cores;pela Galeria do Rock, que de rock já quase não tem nada; pela Rodoviária, e suas gentes que chegam e que vão; até parei em frente ao Pirulito na Praça Sete, olhei pro céu e tirei o fone do ouvido para escutar o vai-e-vém frenético da cidade. Mas de nada adiantou. Continuo apática, preferindo as paredes lilás e o silêncio do meu recanto interiorano. A metrópole tem deixado meus neurônios carcomidos. Resultado: paralisia criativa.
Não me venham criticar meus textos, pois, se os aqui escrevo hoje, é pela simples sensação de dever cumprido.
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