A semana foi passando rasteira, sem que eu percebesse. Continuo inoperante. Minhas ideias sao geniais, minha preguiça fenomenal. Mas talvez seja esse o tal do esquilibrio divino. E eu fico aqui, digitando bobagens, com os cadernos do meu lado. Eu deveria estudar filosofia, ou qualquer outra coisa, sair dessa inercia. Talvez assim eu nao tivesse tanto ciume daqueles que sentam nos botecos e conseguem sustentar as mesmas ideias que eu tenho, mas citando um bando de gente famosa. Mas talvez se eu tivesse lido todos esses livros essas idéias não mais brotariam na minha cabeça, quem sabe. Vai ver é isso, como disse a Clarice Lispector: ando com medo de me contaminar com o escrito do outro.
Às vezes até tento me enganar com essas desculpas meia-boca de conservar minha originalidade, ou até a mais escrota delas: de que não tenho tempo. Mas o fato mesmo é que prefiro cultuar Dionísio a Atenas. Talvez seja essa minha natureza, chega até a ser romântico. Nos livros que eu leio nunca vi uma bonne vivante, assim mesmo, no feminino. Acho que foi para isso que eu vim ao mundo. Pra brindar a vida com um bom vinho, pra cultivar os maus costumes, ou, na falta de dinheiro ser discípula de Kerouac. É, porque dessa de intelectual eu cansei. Quero mesmo é o prazer desmedido. E vida longa ao hedonismo!
quarta-feira, 16 de abril de 2008
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